Hoje, convido você a refletir sobre:
". ou ..."
Espero que a mensagem seja bem acolhida por você, caro leitor.
É curioso como, às vezes, a vida nos coloca em situações de escolha. Podemos colocar um ponto final, definitivo, ou… deixar uma reticência, permitindo que algo continue, talvez com mais calma, mais espaço para o inesperado…
É interessante como pequenos detalhes no que escrevemos dizem tanto. A maioria das pessoas que me segue nas redes sociais sempre pergunta por que insisto em colocar reticências no final das frases. Para mim, a resposta é simples: reticências abrem uma porta, um espaço onde o outro é convidado a entrar. Elas são a promessa de um diálogo, uma pausa que espera, um convite que estendo para que alguém possa completar o que comecei.
As reticências, ao contrário do ponto final, têm a gentileza de dar continuidade, de permitir que o pensamento siga, mesmo quando a frase parece encerrada. E, pensando bem, também é assim com a vida. Colocar um ponto final em uma relação ou em uma oportunidade é fechar uma porta, bloquear o que poderia se transformar. Já as reticências… Ah, elas permitem que a história continue, mesmo que em um ritmo mais sutil, dando espaço para que as histórias se mesclem, para que o outro possa entrar com suas próprias palavras.
É por isso que, nas relações, acredito mais nas pausas que acolhem do que nos pontos que cortam. Talvez, mesmo quando não gostamos de alguém, caiba deixar ali um intervalo de compreensão, algo que permita um pouco de comunicação, uma passagem, ainda que mínima. Uma reticência, quem sabe, seja justamente o que nos falta para entender um pouco mais do outro ou até para nos entendermos melhor.
Então, se algum dia você me encontrar por aí… deixando reticências pelo caminho, saiba que é meu jeito de abrir portas, de permitir que o inesperado entre. Porque, na vida como nas frases, sempre haverá algo a mais a ser dito, algo a ser ouvido… algo que só as reticências conseguem capturar.