A RAIZ DO BEM
Espero que a mensagem seja bem acolhida por você, caro leitor.
Praticar o bem deveria ser tão natural quanto respirar. Sem distinções, sem cálculos ou condições, apenas fazê-lo, pois aquilo que desejamos receber dos outros é também o que devemos oferecer. É essa a essência de todos os grandes ensinamentos: sermos a mudança que tanto buscamos.
Ainda assim, fazer o bem exige mais do que intenção. Exige atenção, cuidado e sabedoria. Às vezes, mesmo com todas as boas intenções, nossos gestos podem não ser suficientes. O mundo é uma escola e, dia após dia, somos chamados a aprender, crescer e a fazer o que nos cabe, com humildade e responsabilidade. Não basta justificar as falhas, culpar o acaso ou buscar atalhos para fugir de desafios. Faça. Apenas faça. Ofereça o que transforma, receba o que te transforma.
Há lições profundas a se aprender com a natureza, e talvez nenhuma seja tão bela quanto a do angelim do Amazonas, conhecido como angelim-pedra. Este gigante verde carrega em si a sabedoria do tempo. Suas raízes, que mergulham profundamente na terra, absorvem e armazenam água para enfrentar as adversidades da estação seca. Mas o mais fascinante não é apenas sua sobrevivência; é o modo como, mesmo sem querer, o angelim cuida do ecossistema ao seu redor.
A água que ele guarda para si acaba, indiretamente, alimentando outras plantas. Suas raízes, conectadas pela teia invisível da floresta, compartilham vida com as companheiras próximas. Assim, o angelim sustenta, protege e equilibra. Ele não faz isso por consciência ou intenção, mas por ser parte de algo maior: a floresta, o todo.
E nós? O que podemos aprender com ele? Que a força do bem está em sua simplicidade e em sua generosidade silenciosa. Que, mesmo sem vangloriar-se, podemos ser fontes de equilíbrio e sustento para aqueles ao nosso redor. Que, como o angelim, devemos nos preparar para as adversidades da vida, não apenas para nossa proteção, mas para proteger os que caminham conosco.
Pratiquemos o bem, sejamos raízes que sustentam. Que a essência do nosso ser não se limite a sobreviver, mas a fazer evoluir.